Uma pesquisa recente tentou avaliar o impacto do estigma dirigido ao transtorno obsessivo compulsivo (TOC) na rede social Twitter.
Os autores consideraram o conceito de trivialização do diagnóstico e fizeram mais ou menos assim: criaram algumas contas fictícias no Twitter com algumas características. Algumas contas eram de portadores de TOC e outras não. Além disso, parte das contas dos dois grupos faziam comentários depreciativos ou jocosos usando a hashtag #OCD (TOC, em inglês); enquanto a outra parte citava o diagnóstico num contexto mais respeitoso ou educativo, dizendo, por exemplo, que a psicoterapia ajuda muito no tratamento.
Os tweets foram avaliados por 600 voluntários. O resultado é que as supostas pessoas das contas que trivializavam o diagnóstico com piadas ou sarcasmo foram vistas de forma negativa pelos avaliados. Outro achado é que as contas de pessoas com TOC, independente dos seus comentários, foram mais apreciadas pelos participantes da pesquisa.
Por último, apesar de expostas aos comentários depreciativos sobre a doença, os voluntários não desenvolveram nenhum sentimento negativo ou estigma dirigidos ao transtorno.
Leia aqui um artigo que comenta a pesquisa, ou o paper original – That’s so OCD: The effects of disease trivialization via social media on user perceptions and impression formation
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